Abordar o tema da alimentação é falar de saúde, de culinária e ingredientes. A nível pessoal, é abrir a janela do meu coração e deixar-vos dar uma olhadela no interior, quais transeuntes curiosos pelo que lá vai dentro.
No meu percurso pessoal, tornei-me vegetariana na transição para a idade adulta com apoio de amigos, que nem dei pela mudança - foi quase um processo natural do Ser. Sem peixe, sem carne, nem ovos, foi um 31 lá em casa com a família! Aos poucos até a mãe já cozinhava comidinha saudável para ambas, pois o resto da malta não ia em cantigas. Quem experimenta uma feijoada vegetariana fica contagiado pelo sabor e melhor digestão, pois o feijão não precisa de gerar gases indesejáveis, se combinados determinados ingredientes para minimizar os seus efeitos.
No início era novidade a soja, e os vegetais passaram a reinar lá em casa, com destaque para as leguminosas. Foi um aprendizado lento mas consciente, enraizando-se em mim de forma suave mas pacífica.
Bem, até então adorava atum e um chouriço mas padecia de prisão de ventre. A partir daí foi uma libertação e a saúde equilibrou.
Sair de casa de família foi o click para a criatividade começar entre tachos e panelas, no convívio com amigos dos quanto cantos do mundo.
Se já me assistia um verdadeiro fascínio pelos povos e culturas, o interesse pela sua culinária aprofundou-se e comecei a minha aventura pelo mundo das receitas conciliando a minha antiga paixão por ervas, plantas e especiarias - sempre adaptando à minha versão vegetariana.
A vida proporcionou-me experiências ricas e diversificadas e os desafios pontuais revelaram-se verdadeiros mestres na minha caminhada terrena.
Os maiores benefícios que senti na minha saúde, foi ao nível do intestino e da pele, e do coração. Por consequência pois tornei-me mais senciente, mais flexível sem querer “doutrinar” aqueles a minha volta e respeitando as opções pessoais de cada um.
Ao longo do percurso passei por várias etapas de experimentação, desde combinar ingredientes a respeitar grupos de alimentos que não combinam entre si. Segui algumas regras e experimentei alguns conceitos culinários diferentes da Macrobiótica ao Integral até a fazer quadrático em casa, desde Tofu, Seitan, bebidas vegetais (em substituição do leite de vaca que o meu intestino sabiamente teimou em rejeitar), rissois, lasanhas, quiches, pizzas, quase tudinho mais integral possível.
Quando iniciei no período pós-caverna do vegetarianismo em Portugal, não se falava em Tofu ou Seitan e comprar era quase impossível (aí a Macrobiótica ajudou imenso) até que chegamos aos dias atuais e uma infinidade de ofertas estão disponíveis no mercado.
Estarei aqui para explorar, partilhar conceitos e receitas convosco e que seja um ponto de partida para futuros encontros à volta do lume.
Bem vind@s!
Por Sandra Pereira
Brevemente no Iluminart receitas especiais com Sandra Pereira!
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